FAQ

O que é Espiritismo?

Perispírito, termo criado por Kardec, é o nome mais usado em Espiritismo para designar o invólucro do espírito. Também usamos dizer veículo etéreo ou psicossoma.
Na Antiguidade era reconhecido por diversos nomes, como néphar (Judaísmo), eidolon (nos mistérios gregos), numa-rupa (Budismo), corpo aromático, astral ou sutil (Rosacrucianismo e Teosofia), corpo espiritual (apóstolo Paulo), entre outros.
Na era atual também se empregam: modelo organizador biológio (Ernani Guimarães), psicossoma (Projeciologia) e perispírito.
Trata-se de um "corpo" do espírito, composto de matéria etérea ou para-física, que serve de molde e regulador do corpo físico durante suas encarnações e de veículo de sua manifestação quando desencarnado.
Assim, o homem é composto de espírito + perispírito + corpo denso ou bológico e o espírito desencarnado só se distingue daquele pela ausência de corpo físico.
O perisipírito não deixa de ser matéria, de uma estruturação diferente da de nosso plano denso. Como tal está sujeito a mudanças pela ação do pensamto e de energias sutis, ditas "magnéticas".
Suas qualidades variam com o grau de adiantamento moral do espírito, ou seja, do que ele pensa e sente.
Por ser extremamente plástico, sofre modificações de aparência induzidas pelo teor predominante do pensamento, emoções e sentimentos, podendo até mesmo reproduzir deformidades e amputações que sucederam ao corpo físico. Numa aparição, tais características podem servir para identificar um espírito que se apresente.
O estudo desse organismo é importantíssimo na compreensão dos fenômenos mediúnicos e anímicos, como na O.B.E ( experiências fora do corpo).
O Livro dos Médiuns trata desse assunto com profundidade.

Kardec, umbanda, mesa branca... O que é ser espírita?

Espiritismo é uma doutrina codificada pelo intelectual e pedagogo francês Allan Kardec a partir de milhares de comunicações de diferentes espíritos feitas através de diferentes médiuns.
A Doutrina Espírita tem aspectos filosóficos, científicos e religiosos (ou morais) num todo coerente. Seus princípios básicos são: a existência de Deus, do Espírito, da pluralidade das existências, da pluralidade dos mundos habitados e a comunicabliidade dos espíritos com os encarnados.
Segundo Allan Kardec quem admite estes princípios pode se considerar espírita.
É claro que as conseqüências e desdobramentos destes pontos levam a muitas outras conclusões.
Muitas religiões admitem a pluralidade das existências ou reencarnação: budismo, hinduísmo, a kabala judaica e alguns Pais da Igreja (Orígenes, etc). Muitas aceitam a comunicação de espíritos, como as religiões afrobrasileiras.
Como o nome Espiritismo foi criado por Kadec, devia ser empregue apenas para a Doutrina Espírita. Em nosso meio os locais de cultos afrobrasileiros costumam se designar como "centros espíritas", embora não sigam a doutrina.
Daí a necessidade de qualificar o Espiritismo e as casas espíritas com "kardecistas" para distinguir de outras religiões.
Para conhecer o Espiritismo deve-se ler a "Codificação Espírita", conjunto das cinco obras publicadas por Kardec, a começar pelo "O Livro dos Espíritos".

Qual o valor da Bíblia no Espiritismo?

A Bíblia é um conjunto de diferentes livros. Sua parte antiga, a Velha Aliança ou Velho Testamento é comum ao Judaísmo, Islamismo e ao Cristianismo.
O chamado Novo Testamento é relacionado à vida e aos feitos de Jesus e a escritos dos apóstolos.
Composta em diferentes épocas, por diferentes autores, submetida a traduções nem sempre corretas e a cópias falhas, nem tudo nela retrata com fidelidade acontecimentos reais.
Conforme o estilo oriental, nela muito se abusou de alegorias e exageros, além de imagens simbólicas.
A comparação crítica da Bíblia, feita por eruditos especialistas, aponta divergências insuperáveis entre alguns de seus trechos.
A primeira Bíblia cristã "oficial" foi católica e compilada por S. Jerônimo no ano 480 DC. Esta mesma foi duas vezes modificada pela Igreja Católica e difere, até em número de livros, das Biblias Protestantes.
Não consideramos que ela seja "de capa a capa a Palavra de Deus" conforme pensam alguns. Entendemos que, peneirada de erros e deturpações humanas, ela transmite uma sublime mensagem de sabedoria e dá um roteiro seguro para a felicidade do homem.
Allan Kardec, com seu habitual bom senso, ao compor "O Evangelho Segundo O Espiritismo", resolveu comentar apenas os aspectos morais dos Evangelhos, considerando se outros poderiam causar divergências, no que diz respeito à moral pregada por Jesus não poderia haver discórdia.
Aliás, em relação ao apego exagerado às palavras das Escrituras, devemos lembrar que Jesus alertou: " A letra mata e o espírito vivifica."

O Espiritismo é cristão?

A Doutrina Espírita se baseia na crença em Deus, na existência da alma, na pluralidade de mundos habitados e de existências e ainda na possibilidade de comunicação entre espíritos e homens.
Isso é possível a pessoas de diferentes religiões e mesmo sem religião definida.
No entanto, no Livro dos Espíritos,  os espíritos já ensinam que Jesus é o modelo de espírito puro, o mais elevado que já encarnou na Terra.
Seus ensinamentos morais, comentados n'"O Evangelho Segundo o Espiritismo", são o roteiro seguro para a perfeição da alma.
De acordo com as revelações espirituais Jesus está à frente de uma equipe de espíritos elevadíssimos responsável pela criação de nosso sistema solar.
Ele, como enviado do Pai, é o guia da parcela da humanidade universal que constitui a população espiritual (encarnada e desencarnada) da Terra.
Para o Espiritismo ser cristão é pôr em prática os conselhos de Jesus para alcançarmos a vida em abundância que ele nos prometeu.
Diferentemente do catolicismo e protestantismo, não vemos Jesus como Deus, nem encontramos nas Escrituras qualquer afirmação dele que permita essa interpretação. Ao contrário, lemos: "Aquele que me enviou.. o Pai é maior que eu...nem o filho o sabe, mas somente o Pai..." e muitas outras passagens em que ele deixa claro sua subordinação a Deus.
Então, o espírita é cristão, não por considerar Jesus como Deus e que será salvo por essa forma particular de crença, mas por edificar sua casa sobre a rocha, ouvindo suas palavras e as cumprindo.
Como ele disse ao fariseu: "faze isto e viverás".

O que é mediunidade?

Mediunidade é uma palavra criada por Allan Kardec para designar a capacidade de qualquer pessoa que pode servir de intermediária entre os espíritos e os homens.
Em grau mínimo somos todos médiuns, ou seja, temos alguma sensibilidade para perceber a influência de espíritos pela intuição, visão e outros meios.
Algumas pessoas já nascem com esse sentido em mais alto grau, podendo ser chamadas de médiuns de forma mais própria.
A Parapsicologia denomina essa faculdade de percepção extra-sensorial, porque independe dos nossos cinco sentidos comuns.
Ela existe desde o início da humanidade e está espalhada entre todos os povos e culturas, inclusive em pessoas que a negam.
O Espiritismo estuda e disciplina a mediunidade para pô-la a serviço de causas nobres e elevadas, vendo nela um instrumento para o aperfeiçoamento moral do homem.
Essencialmente ela visa esclarecer sobre a existência da alma e das leis que regem o mundo espiritual, bem como sua relação com o mundo material, confortar os aflitos, levar esperança aos desalentados e evangelizar a todos, demonstrando a felicidade que espera quem leva uma vida digna e dedicada ao bem e à caridade.
A mediunidade abnegada, distante dos holofotes, perseverante no socorro anônimo ao sofredor, exercida com absoluto desinteresse material, modéstia e honradez é a que chamamos mediunidade com Jesus.
"Nos últimos dias derramarei meu espírito sobre toda carne, seus velhos terão visões, seus jovens terão sonhos...".

Quem fui em outra vida?

A Doutrina Espírita esclarece que existe um mecanismo protetor para tirarmos pleno proveito de nossas encarnações: o esquecimento temporário do passado.
Na condição de espíritos marcados pela imperfeição, carregamos muitos débitos e defeitos, reencontramos antigos desafetos, inclusive no círculo doméstico, para nos recompormos com eles.
A lembrança dos dramas e tragédias em que nos comprometemos moral e afetivamente, seria um fator de inibição das nossas iniciativas de superação.
Reencarnar é receber a bênção do recomeço, é o sol que o Pai faz se levante sobre justos e injustos ou a chuva que banha bons e maus.
Em casos especiais, seja por revelação espiritual (considerada com o devido cuidado), seja em terapia, acontecimentos e vínculos passados podem ser trazidos.
Esse levantar do "véu do olvido" obedece à lógica da necessidade e da utilidade, jamais para satisfação da curiosidade.
Importa antes que nos analisemos para reconhecer em nós, não as personalidades que animamos no passado, mas as imperfeições que ainda carregamos no hoje, de modo a nos ocuparmos em combatê-las.
O espírita não vive do passado nem para o passado, semeia no presente um futuro de paz e felicidade!

Os espíritos podem "tomar" nosso corpo?

O estudo do Espiritismo mostra que o homem é espírito encarnado. A ligação do espírito com o corpo físico se faz por um intermediário energético - o perispírito (vide pergunta N° 6).
Este corpo etéreo como que se enraíza, entranha e adere no corpo biológico "célula a célula", regula suas funções e conduz estímulos entre alma e corpo nos dois sentidos (em mão dupla).
Nenhum outro espírito pode desalojar o nosso e ocupar seu lugar no controle do organismo. A separação entre corpo e perispírito produz a morte do primeiro.
Mas pode haver (e há) casos em que espíritos desencarnados influenciem mentalmente o espírito encarnado, exercendo sobre este uma pressão poderosa para dominar-lhe a vontade. Só terá sucesso se o encarnado tiver brechas na sua defesa mental, cultivando indisciplina íntima, relaxamento moral, maus hábitos de vida, paixões descontroladas, etc.
O apóstoloTiago ensinou  que "cada um é tentado de acordo com suas concupiscências" (fraquezas, inclinações).
O mentor Emmanuel diz que "não há arrastamentos irresistíveis".
Daí, vemos que ninguém pode alegar a influência de espíritos para escapar da responsabilidade por seus atos.
Os médiuns educados aceitam que espíritos se "aproximem" deles, cedem-lhes "espaço" nos seus corpos físicos, para que estes, sob seu permanente controle e vigilância, possam expor seus problemas e serem auxiliados.
Também o fazem para transmitir os benefícios dos espíritos bons, através de orientações esclarecedoras, energias curativas, etc.
Nosso corpo é propriedade e responsabilidade nossa enquanto durar nossa encarnação (desde a fecundação à morte).

É necessária a presença do obsidiado na reunião mediúnica?

Imagine que você é chamado para intermediar uma terrível disputa entre pessoas que se detestam, se agridem e ameaçam. Você colocaria as duas frente e frente para discutirem suas desavenças?
Decerto que não, pois o senso psicológico comum nos indica que não se junta pólvora com fogo.
Se fizesse isso, como seria essa reunião? Haveria um diálogo produtivo em que cada uma reconheceria sua cota de erros, dialogariam mansamente buscando um consenso?
Quase sempre o que nós vemos é o obsidiado encarnado, perturbado e amedrontado, no limite de sua resistência emocional.
Se ele precisa de calma, oração, meditação, leitura edificante, passe magnético e, principalmente, mudar seus sentimentos, porque expô-lo às ameaças e revelações escabrosas (por vezes verdadeiras) do seu opositor desencarnado? Isso só o desequilibraria, certo?
Além do que o pensamento não sofre barreiras físicas. Ore por alguém no outro hemisfério do planeta e estará em contato com essa pessoa, imediatamente.
Quem freqüenta reuniões desse tipo sabe como podem ser assustadoras (e desestruturantes) as bravatas de espíritos alucinados de dor e ódio.
Assim, não há vantagem da presença FÍSICA do obsedado na reunião de tratamento. Se for necessário, em casos excepcionais, a espiritualidade o trará, em desdobramento espiritual, ao ambiente onde se passa a reunião.

Posso assistir a uma reunião mediúnica?

Imaginemos um laboratório científico ou um centro cirúrgico. Suas equipes, bem adestradas, se movimentam ali entre equipamentos próprios e atuam de forma coordenada e precisa.
Se entrarmos num desses ambientes, além de não entendermos direito o que se passa, ainda correríamos o risco de atrapalhar o andamento das atividades.
Embora a mediunidade em si não seja mistério nem as reuniões secretas, elas são reservadas a seus membros, equipe que estuda e se prepara para ser útil.  Jjamais para atender à natural curiosidade que os fenômenos espíritas provocam.
Outro aspecto é que os espíritos que se comunicam têm direito à sua privacidade, pois ali muitas vezes expõem suas dores e angústias. Manda a caridade cristã que se cubra com o véu da discrição essas revelações pessoais.
A presença de pessoas estranhas à equipe pode ser um foco de quebra da sintonia mental do grupo, através dos naturais pensamentos de curiosidade e de estranheza que emitam. Sintonia é fundamental em mediunidade.
Assim, com regra geral, as reuniões mediúnicas são reservadas e o acesso de pessoas de fora é aceito quando tem um propósito útil, como o de preparar elementos que estão iniciando um novo grupo, de modo a proporcionar-lhes um treinamento prático, etc.
Quando a pessoa apresenta sinais que sugerem mediunidade devem procurar os dirigentes da casa espírita para entendimentos.
Se for o caso, após um estudo teórico inicial da Doutrina Espírita e da mediuinidade, será conduzido às reuniões de "Educação mediúnica ou de desenvolvimento" para experimentação.
É sempre bom lembrar que mediunidade é carisma ou dom de serviço em nome de Jesus. Tal como ensinou o Apóstolo Paulo na 1ªcarta aos coríntios (14 - vv 39, 40), precisa de ordem para bem cumprir seus propósitos.

Como o Espiritismo vê os vícios e compulsões?

A Doutrina Espírita mostra que o ser humano, no seu estágio atual de evolução, é marcado pela imperfeição moral.
O homem traz impulsos e anseios fortemente fixados em experiências passadas. Imaturo, ele é imediatista e busca, a todo custo, a satisfação do Ego.
Se fica por um instante no silêncio e na solidão, percebe seu vazio existêncial e isso lhe provoca ansiedade e inquietação.
Preencher esse seu oco íntimo com alguma coisa que lhe dê prazer, ainda que por um momento, lhe dá uma falsa sensação de paz.
Mesmo o mais embrutecido ser humano deseja fruir paz interior, tomada como sinônimo de felicidade.
O homem é projeto de Deus destinado à Perfeição. Sua angústia, insatisfação e ansiedade são recursos adotados pela Lei Natural para que seja levado a buscar a realização desse destino.
Aceitar-se como ser em trânsito para a suprema realização, provisoriamente estacionado na inferioridade, levanta sua esperança no amanhã e a confiança de que ainda vai superar os apegos de que se envergonha.
Ao recair em atitudes que já desaprova o indivíduo, ao invés de se lamentar, deve reconhecer que é amado e aceito pelo Pai.
A seguir, renove seus propósitos de superação, ore pedindo apoio do Alto e dos bons espíritos e confie na renovação das oportunidades no amanhã.
Ninguem é indigno do zêlo amoroso do Criador e Jesus declarou que veio para os doentes, pois que estes é que precisam do Médico. Somos todos nós.
Por fim, tendo entendido que partilha com seus irmãos de caminhada na Terra de virtudes mescladas a vícios, não se veja como inferior a ninguém nem a ninguém discrimine por ser - ainda -  portador de condutas inconvenientes.

Se o o espírito, como corpo etéreo se enraiza célula a célula, na encarnação, como se faz o desligamento com o desencarne? Enquanto estiver o coração batendo, seja por meio artificiais, logo com células ainda vivas, esse desligamento se efetuou totalmente com a chamada morte cerebral? O nosso espírito parte íntegro, não havendo os doadores de órgãos de ter com que se preocupar, se as máquinas ainda mantém seu corpo material até o transplante ser efetuado?

Assim como na encarnação, o desligamento do espírito do corpo físico, no fenômeno da morte, é um processo gradual, podendo variar amplamente em sua duração.
Enquanto o corpo viva, mesmo por recursos médicos especiais, a união perispírito/corpo permanece.
O espírito no estado de encarnado sadio, é um prisioneiro em regime aberto que se recolhe à prisão (o corpo) durante o dia (na vigília) e sai à noite, durante o sono.
No coma profundo e na morte cerebral, apesar de gozar liberdade quase completa, continua unido pelo "cordão de prata" ao organismo.
O que caracteriza a morte é o total rompimento desse laço.
Se alguém tem um órgão removido, não importa se por doença ou para transplante nem se continue vivo ou desencarne, o espírito em si não fica mutilado.
A parte física retirada (p.ex., um rim) será reconstituída no molde energético do psicossoma (perispírito), mesmo que isso possa demorar em alguns casos.
A retirada de órgãos para transplante, se obedece a vontade do doador, é um gesto de caridade e fraternidade que sempre merecerá apoio do plano espiritual, valendo como mérito para o doador.
Quem recebe a bênção de uma doação deve refletir maduramente sobre o sentido da vida e revisar seus valores e condutas, buscando se ajustar aos ensinamntos morais do evangelho.
Se se esforça por se elevar espiritualmente, imprime harmonia e vitalidade a seu perispírito, ajudando na aceitação do enxerto.
Muitas questões podem ser levantadas sobre um tema tão complexo, mas, no âmbito deste espaço, cremos suficientes estes primeiros esclarecimentos.

Notícias de entes queridos: como posso ter?

A separação dos entes queridos pela morte causa o mais profundo impacto em todos nós. Mergulhados nas lutas do dia-dia, somos chamados a refletir sobre o sentido da vida, sobre o significado de amar e  ter que sofrer a perda do ser amado.
Mesmo beneficiados por uma visão religiosa de imortalidade, a saudade afeta nosso equilíbrio emocional e passamos por momentos de desalento e depressão.
O entendimento reencarnacionista traz ainda mais conforto porque justifica que os mortos estão vivos e continuam vinculados a nós, que amamos um ser real e existente, apenas provisoriamente residente numa dimensão distinta da nossa.
Acontece que há possibilidades de se estender uma ponte entre esses planos da realidade: é a comunicação mediúnica.
Ocasionalmente eles poderão se pôr em contato conosco através da mediunidade de alguém, dando notícias suas, reafirmando seu amor por nós, aconselhando-nos a romper com o luto e a trabalhar na caridade.
No entanto, como sempre repetia Chico Xavier, "o telefone toca de lá para cá", significando que  não podemos exigir ou impor um contato.
É necessário, entre outras condições, que o irmão desencarnado esteja em condições de se comunicar, ou seja, suficientemente lúcido e equilibrado.
Há também a questão do nosso merecimento: talvez a ausência de contato esteja no quadro de nossas provações.
Por fim, existem médiuns que têm uma aptidão especial para esse tipo de tarefa, atuando em casas espíritas que favorecem esse ministério de amor.
Não ser agraciado com uma comunicação do nosso "morto" amado pode ter essas e outras razões que nem sempre penetramos.
Os centros espíritas bem orientados jamais prometem realizar este nem qualquer feito mediúnico.
No entanto, em nossa visão pessoal, essa função de consolação e de despertamento para a vida verdadeira devia ser mais estimulada e praticada nas casas espíritas, onde, segundo entendemos, a mediunidade tem sido guardada muito distante dos olhos dos freqüentadores, como se não fizesse parte da Doutrina Espírita, a qual, aliás, nasceu das revelações mediúnicas.